segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Precisamos de uma Ética, mas qual?

O que pensar de uma sociedade altamente evoluída? O que dizer de seus desenvolvimentos tecnológicos? Parece que a humanidade caminha para a realização plena do bem estar social. Em 1969, o homem pisou na Lua e a célebre frase trouxe a tônica daquilo que caracterizaria um avanço na história humana: “Este é um pequeno passo para o homem, mas um enorme salto para a humanidade”. Ainda na década de 60, ocorreram as primeiras interações sociais através da rede computacional, isto é, a internet começava a dar seus primeiros passos.
Hoje, após quarenta anos, caminhamos com “passos de formigas e sem vontade” e toda alusão a uma sociedade altamente evoluída, tornou-se devaneio. Talvez seja pelo fato de todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrerem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças, ou porque cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem cinco anos. Quem sabe estamos assim, por perceber que a realidade não condiz com o conto de fadas do “homem da lua”, por assistir à violência que se alastra por todos os lugares, a corrupção que contamina a política, as drogas que desvirtuam nossos filhos, a degradação e poluição do planeta e a ganância e egoísmo do capital que assola nossos lares.
Muito mais do que “tecnologia e lucratividade”, precisamos do pensar. Pensar a vida, seus sentidos e significados, propondo assim, um agir capaz de unir a humanidade em prol de um bem comum, ou seja, a realização plena da própria vida. Mas qual caminho seguir? Como alcançar tal façanha? Não existem receitas prontas capazes de solucionar o problema da condição humana, porém, isso não impossibilita a reflexão sobre os valores humanos e os possíveis caminhos que assegurariam os princípios fundamentais para a vida. Sob este aspecto, a Filosofia tem muito a dizer e nós muito a escutar.

Maicon Fortunato.

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