
Quase 500 bombeiros foram presos neste fim de semana como retaliação a um movimento por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Cerca de 2 mil trabalhadores ocupavam o quartel central da corporação na última sexta-feira, no Rio de Janeiro para pressionar o governo quando a PM reprimiu o movimento com bombas de gás lacrimogenio e tiros de efeito moral. A categoria estava há quase um mes em greve aguardando uma negociação com o governador Sérgio Cabral (PMDB), reivindicando um salário de R$ 2 mil. Atualmente, o piso dos bombeiros é de R$ 986,00, um dos mais baixos do país.
Apesar das prisões, os bombeiros insistem neste domingo acampados em frente à Assembleia Legislativa. Eles afirmam que só vão sair das unidades em todo o estado para atender casos extraordinários que representem risco de vida à população.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, criminalizou a ação dos trabalhadores, afirmando que as prisões são punições devido à "imprudência" e "imensa irresponsabilidade" dos grevistas. Cabral acusou-os de "vândalos, irresponsáveis, que não irão de forma alguma prejudicar a imagem de uma instituição tão respeitada e querida pelo povo do Rio de Janeiro."
Assim como em todos os outros processos reivindicatórios recentes no país - movimentos da juventude pela liberdade ou contra o aumento das tarifas de onibus, assim como a greve de quase 100 mil operários da construção civil -, a única resposta dos governos é a repressão através da polícia e decretos que tornam ilegais tais greves e organizações
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