O mito Bin Laden e o pastiche midiático

       

     Sem dúvida esse final de semana foi histórico, primeiramente ressuscitaram um santo e depois mataram um demônio. Brincadeiras à parte, o fato é que assistimos nos últimos dias a derrocada daquilo que os estadunidenses e toda sua mídia manipuladora chamou de inimigo "number one". Terrorista ou não, Osama Bin Laden era o homem mais procurado do mundo, exterminá-lo era encerrar um ciclo que teve seu início ainda no mandato do então, George W. Bush.

       Com o alvo alcançado, o espírito de vitória eminentemente ressurgiu nos semblantes dos norte-americanos, toda essa euforia envolto ao sentimento de ódio gerado pelo 11 de Setembro, pode dar à figura de Obama um prestígio de causar inveja aos opositores republicanos. Contudo, por detrás do pastiche exacerbado dos meios de comunicação que ainda persistem em adjetivar a sociedade como burra e patética; para além da epopéia norte-americana que se encerra sob os efeitos estéticos das produções "hollywoodiana", estão em jogo os interesses do grande império estadunidense, representante fiel do capital, que vê em Osama uma simples peça, agora fora do jogo. A velha corrida imperialista não terminou, dotada de novos mecanismos, mais sofisticados e mais silenciosos, irá forjar novos vilões a fim de alcançar seus objetivos.

        Vale lembrar que além do petróleo, a água será um dos recursos indispensáveis para os grandes capitalistas e o Brasil é uma peça de extrema importância dentro desse jogo. E ai, quem será o vilão?

                                                                                                                             Por: Maicon Fortunato